Eu não acreditei
Ali, parado à margem do rio largo e ligeiro
Que iria atravessar aquela ponte
De delgados e quebradiços caniços,
Amarrados com cipó.
Andava com a delicadeza de uma borboleta
E o peso de um elefante.
Andava com a segurança de um dançarino
E a hesitação de um cego.
Eu não acreditei que atravessaria aquela ponte.
E agora, parado, aqui, na outra margem
Não consigo acreditar que a atravessei.
(Esse texto, para mim anônimo, é uma estória de superação! E acreditem, estas pontes existem!... Metaforicamente, ou não!)