domingo, junho 28, 2009

PARA ME LEMBRAR NOS DIAS (E NOITES) DE CALOR E FRIO


Escrevo com quem oferece uma deliciosa barra de chocolate aos amigos e amigas. Ou um confortante (ou não!) chá quente nas noites frias, ou uma refrescante caipirinha nos alegres dias de verão. Ou, ainda, como quem quer dividir a rede ou o calor do cobertor com o amado, em longas horas de amor. Ou se dispõe a espalhar a música no ar, por entre vibrações de flautas e violinos.


Nem sempre tudo o que digo faz sentido. Nem sempre busca a lógica ou a coerência. Nem sempre é tão doce e confortante como gostaria que fosse. Nem sempre tão dançante, tão brincante, tão cantante, tão emocionante! Mas a vida é mesmo assim: alterna doce e azedo, calor e frio, luz e sombras, suor e arrepios, amor e dor, riso e lágrimas, loucuras e sanidades, suavidades e asperezas. Tem horas é em que é preciso beber o chá, mesmo que amargo. Precisamos dessas alternâncias em suas múltiplas texturas, cores, odores, temperaturas para nos sentirmos vivos. Mais que vivos, solidarizados, irmanados, imbricados na grande teia da vida e seus inúmeros relacionamentos humanos. Não somos só o homo sapiens. Somos também o homo ludicus, o homo fabricus, o homo mitologicus, o homo amicus, o homo amorosus, o homo fragilis, o homo complexus. Somos múltiplos homus dentro de um homo só! Um homo emocionadus que sonha de dia e acorda de noite, entre labirintos e minotauros.


Não sou, nem de longe, dona de mim, embora me conforte, frágil/forte, me dizendo que “sim!”. E como Goethe, quero (sempre) mais luz!

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