Hoje estou me sentindo meio assim
Fluida e perdida
diante das charadas da vida.
E sem relógios de sol para apontar-me uma direção.
Sei que por mais que esta noite termine
e o dia comece naturalmente a acontecer,
continuarei me sentindo,
Por algum tempo, ainda assim:
Iluminada de escuro
presa em orvalhos
murmurando soluços.
Sou mesmo lenta!
Só peço que respeite
este meu frágil ritmo de flor
Que nem sempre consegue se guiar
Pela freqüência das horas
ou pelo ciclo das estações.
Comigo às vezes as coisas fluem
meio que ao inverso dos calendários
e, de repente,
sem nenhuma explicação,
Pode florescer um súbito inverno
No pleno transcorrer de um primeiro verão.
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