terça-feira, julho 07, 2009

ENTREPARÊNTESES


abreparênteses: não gosto da palavra “ex”. Não existem ex-memórias, ex-lembranças, ex-registros, ex-estórias. Ficou tudo lá, tão bem guardado nas gavetas subterrâneas daquilo que um dia fui e vivi que não dá para apagar e simplesmente dizer: - Pronto, acabou, morreu! No máximo consigo reconhecer que já superei aquela fase e ponto final! .......Procuro con-viver da melhor forma com tudo que um dia foi e o que eu nele fui - o quanto chorei, me emocionei, me alegrei, celebrei, me desesperei e acreditei com intensidade e paixão! Como chegar agora e dizer: - Deletei, esqueci!? Impossível! Pelo menos para mim. .......................O que aconteceu, ficou lá como um farol e são essas memórias que iluminam, colorem e orientam o chão que por ora piso. Reverencio o passado como um patrimônio com seu histórico de erros e acertos. Há lembranças mais fortes, outras menos. Umas lindas. Outras, nem tanto. Há cicatrizes fechadas e me revelando a infinita capacidade que o ser humano possui de acolher e enfrentar a vida nas circunstâncias mais difíceis e variadas, crescendo na dor e apesar dela. O grande problema está em deixar feridas abertas e dessas procuro cuidar com atenção para que fechem o mais rápido possível. Não sou, nem de longe, maravilhosa. Um lado meu é tara. Mas um outro é cura e um outro, maior ainda, (re)criação. Vivo-com tudo que fui. Preciso desse passado organicamente para entender quem sou, como cheguei até aqui, o que me aconteceu, por que e para que, e o que faço com isso a partir de agora!.....................Aproveito o que ficou de bom.... e o resto?... deixo lá... guardado...Com um precioso aviso: Há territórios que devem ser reconhecidos, mas não merecem ser invadidos! Fechaparênteses.

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